top of page
  • Dora Ghelman

Obrigada, 2022




Sempre que um ano acaba e começa um novo, tento fazer uma retrospectiva para mim mesma.

Como se fizesse um “balanço geral” do ano que passou.

Ver o que foi bom.

O que foi ruim.

O que precisa ser trabalhado no ano que vai começar.

Agradecer o que conquistei.

Enfim, fazer um apanhado dos últimos acontecimentos.

Acredito que esse último ano foi um bom ano para mim, apesar de tudo.

Ressignifiquei muitas relações e como elas me afetam.

Fortaleci amizades.

Me aproximei de gente querida.

Me afastei do que – e de quem – não me fazia bem.

Comecei a namorar.

Viajei com amigos.

Viajei com o meu amor.

Voltei a morar na casa dos meus pais.

O que, a princípio, me deu um certo “nervoso” por achar que poderia ser visto como um passo para trás.

Mas quando entendi que a questão estava no que os outros pensariam disso e não no que de fato eu pensava, desencanei.

Foi bom ter voltado para a casa dos meus pais.

Saí com 24 anos.

Saí naquela vontade louca de espaço, de me entender, de entender meu lugar no mundo.

Entender meu lugar nas relações familiares.

Morei 6 anos sozinha.

Entendi o meu lugar nas minhas relações familiares.

Acho que entendi o meu lugar no mundo.

Amadureci.

Entendi que as vezes a gente precisa voltar para o ninho mesmo, e está tudo bem.

E ficou tudo bem.

Economizei dinheiro.

Me reorganizei.

Tracei meus objetivos futuros de forma clara.

E com calma.

Sem precisar daquela afobação de final de mês, fechamento de contas, faturas, boletos.

Vendi todos os meus móveis.

Consegui ajuda com a Mia, já que o ano foi agitadíssimo de eventos sociais (dois anos de pandemia, né?) e se eu morasse sozinha seria complicado cuidar dela.

Esse ano, eu consegui mudar a minha relação com o meu corpo.

Aprendi a me tratar com amor e carinho.

Entendi que o que eu estava fazendo achando que estava sendo saudável, estava, na verdade, me maltratando.

Entendi que preciso viver mais no agora.

Parar de querer viver no amanhã.

Planejar cada passo, cada segundo, cada momento.

Às vezes eu consigo.

Às vezes não.

E tudo bem.

Um dia de cada vez.

Me espiritualizei mais.

Trabalhei com pessoas muito queridas em busca de uma Dora melhor.

Me encontrei com amigos.

Como disse, foi um ano agitadíssimo.

Então fui para muitos casamentos.

Muitos aniversários.

Muitos eventos.

Afinal, após dois anos dentro de casa, os eventos ficaram acumulados.

Não só os eventos, mas a vontade de sair de casa também.

Com isso, entendi que a minha bateria social diminuiu.

Faz parte.

Isso não me torna menos presente.

Muito pelo contrário.

Sinto que me torna mais presente para o que realmente importa.

E para quem realmente importa.

Esse ano, comecei a publicar o que escrevo.

Posso dizer que essa foi uma das maiores conquistas de 2022.

Depois de anos e anos e anos e anos tentando lidar com o medo e com a vergonha de me expor, estar aqui, agora, com um blog cheio de textos publicados... NOSSA!

É lindo demais, viu?

Sou grata.

Muito grata mesmo.

Acredito que 2023 vai ser um ano de muitas novas descobertas.

Estou animada para o que ainda está por vir.

Acabei de escrever um texto para mim mesma.

Só para mim.

Uma carta para a Dora do futuro.

À Dora do dia 31/12/2023.

Dizendo o que eu gostaria que ela conquistasse.

O que eu gostaria que ela lembrasse.

Em um ano volto aqui para a gente refletir sobre esse texto.

Que tal?

Vamos que vamos, 2023.

Estou pronta!

31 visualizações4 comentários

Posts recentes

Ver tudo

Dora

bottom of page